Quão bela me vês, carrasco que me enganas com beijos mortais, negros de amor, sangue e desejos...
Quantas súplicas no palco da morte, na leveza do meu corpo apunhalado com teus insanos orgasmos bêbados...
Fantasias moribundas entre minha boca e suas mundanas bundas nas avenidas da querência insólita...
Desnuda e só, te espero por toda a noite, ladrão de mulheres, fetiche engaiolado na palma de minhas mãos...
Se as portas da percepção estivessem limpas, tudo apareceria para o homem tal como é: infinito. William Blake
sábado, 27 de outubro de 2012
Fulgaz
Não era o momento certo para sonhar,
o dia estava claro,
e eu podia ver de minha janela
que o lívido sol já beijava as rosas do jardim.
Eu sabia que eram beijos
porque elas dançavam suavemente,
esquecidas dos corvos
e das mãos ladras
que as espiavam através do muro.
Não, já não poderia sonhar estando dia claro,
todavia, a noite tem passado com mais pressa,
e não sei por que,
mas minha ânsia de beijá-lo
tem crescido,
tanto quanto este tumor de tristeza
que cresce a cada minuto,
e como dói!
Imagino-te, agora, acordando,
escovando os dentes.
Imagino teus pensamentos, a roupa que vestirás.
Só não posso mais é sonhar com minha eternidade:
Por tua causa
Virei fulgaz.
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
A Nudez da Revolução
Já não se fazem movimentos de libertação. Já não há causas a serem defendidas. Já não há tesão! John Lennon and Yoko Ono.
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Muito antes de Edward... Entrevista com o Vampiro
Entrevista com o vampiro é um dos melhores filmes do gênero. A saga Crepúsculo é pop pós-moderno. Aplausos para Brad Pitt, Tom Cruise e Kirsten Dunst. Baseado no livro homônimo da escritora Anne Rice, este é um clássico que merece ser revisto. Que tal?
O Esqueleto e o Amor - Day
Quem diria um dia
tu falares tais palavras,
senso torpe e angústia
ouvir-te dizer-me
- Vai-te tomar no cu.
Quanta gentileza não gerada,
e a geada da copilação
adentrou-me o ventre e a alma.
Disseste, bem junto ao ouvido meu:
- Foder-te-ei na primeira cama.
Mundo este que te chamas
à escuridão do opaco ver
tão distinto humano ser,
Alien das trevas, talvez?
Poupa-me, Esqueleto, de teu grilhão.
Afasta a dor nefasta que a mim me causas!
Dorme longe de mim, para lá do Infinito...
E não morras ainda,
não antes
de pedir-me o perdão.
- Vai-te tomar no cu.
Quanta gentileza não gerada,
e a geada da copilação
adentrou-me o ventre e a alma.
Disseste, bem junto ao ouvido meu:
- Foder-te-ei na primeira cama.
Mundo este que te chamas
à escuridão do opaco ver
tão distinto humano ser,
Alien das trevas, talvez?
Poupa-me, Esqueleto, de teu grilhão.
Afasta a dor nefasta que a mim me causas!
Dorme longe de mim, para lá do Infinito...
E não morras ainda,
não antes
de pedir-me o perdão.
Suco de Amor - Day
Mergulho dentro de ti,
te ligo na tomada em cima da pia.
Centrifuga-me as carnes com tuas hélices assombrosamente rápidas.
Decodifica minha mente
e enxuga as lágrimas
misturadas ao suco de maçã.
Pecado, como ficar longe dele?
Somente misturada em sua volúpia
posso dormir em paz,
enquanto seca o liquidificador.
O Tempo I - Day
Volúpia dos demônios,
fogo nas narinas,
vento nas ventas, moinho,
farol de sacanagem atrás dos medos,
no meio do mato,
dividindo espaço com o lobisomen.
Sangue nas coxas, menstruação fluorescente,
atrai morcegos, vampiros e traição!
Verdes matos, matas por depilar,
fogo diabólico, a juventude é do demônio.
Entre o meu castelo e tua tenda,
só hoje escolho a tua tenda.
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O Tempo II - Day
Como fomos arrogantes no sexo,
nas palavras,
e nas tardes de crepúsculo e medo.
Sem roupas, desfilávamos um para o outro,
disputando qual era o mais sensual,
o mais bonito, e o mais feroz.
Com tuas pernas trêmulas pelo orgasmo,
observavas meus cabelos em desalinho,
e a vulva romântica tanto quanto Nietzsche.
E hoje, old man, o que fazer
com os grisalhos repousos
depois do entardecer?
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terça-feira, 23 de outubro de 2012
Serafim de estrada - Day
Súbito mórbido
chupeta de mulher duro;
medo chuva minha caneta
seca papel molhado chuva choro morte.
Deus quem és, quem é teu amigo
pavio satanismo rua escura
padre moça hímen pra quê?
Santa chupa gasolina
chupeta estrada inferno fim.
Gótica melindre mãos boate céu
e Serafim.
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