Como conceber teu meigo e perseguido olhar, meu amor?
Como ir lá fora e assassinar os ratos que te mordem,
aqueles repulsivos cadáveres que sonham com teu corpo morto
e tuas palavras sem vida!
Sim, eu sei como deles te livrar, tão fácil o inceticida do porrete usar,
Fazê-los sobre teus escritos vomitar, esganar seus poemas mentirosos
E enforcá-los na primeira esquina!
Por você, meu nobre e secular amor, vou à guerra e trago para ti as cabeças miseráveis
daqueles que te magoaram ao pôr-do-sol, e farei deles carnificina e comida para os porcos.
Acalma-te, meu amor sangrento, que o dia, quando raiar, tua vampira escudeira estará a gargalhar,
mostrando-te quão cruel um anjo pode ser, enterrando as unhas vermelhas nas jugulares malditas
dos que te feriram...
Dorme agora em meu colo, e não sonha mais nada, apenas ouve nossas almas
cantando a vitória junto aos querubins da eternidade...
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