quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Psico/hell- Day


 Tu estavas sentado no meio da praça que era cinza e sem árvores,
 tua cabeça era bonita, contudo, teus olhos sem brilho
era para baixo o teu olhar. 
Não tive dúvidas, eras tu morto, longe de mim para sempre.
 Amor maldito que nada deu nem recebeu!
 Noites aflitas de tantos gozos, era a despedida! 

Em outra parte minha casa era pura ruína,
 dois pavimentos de tijolos podres,
 na cozinha assava-se um bicho e panquecas,
 tudo era feio, nada existia com cores. 

Tentei beijar-te com a boca desgastada, 
não sentia o odor de hortelã, mas de morte e fantasma, 
 - não estávamos mais aqui. 

Abri os olhos, dormira no sofá, 
corpo dolorido, quase chorei de dor. 
Acordada, aliviada estava, entretanto, dormindo, 
ainda que morta, ao menos eu te via e te amava.

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